Filha de pioneiros conta história de Jardinópolis em sala de aula

Os alunos do 5º ano da Escola Nucleada Municipal Castro Alves de Jardinópolis acompanharam o depoimento de uma filha de pioneiras do município, no dia 11 de outubro. A senhora Libera Gregolin, 82 anos, juntamente com a sua filha Terezinha Gregolin Pansera, participaram de uma aula sobre a história do município.

Conforme a professora Diana Marins Skowronski, foi feita uma abordagem para entender como era o contexto da época, quando os colonizadores chegaram à antiga Vila Jardim, hoje cidade de Jardinópolis. “A pioneira Libera veio a Jardinópolis quando tinha oito anos de idade, relatou diversos fatos ocorridos à época, contou como era o ambiente, a mata predominava, a relação entre as famílias e como foi se desenvolvendo o espírito comunitário e a atividade rural”, explica a professora.

Dona Libera relatou que a sua família foi uma das primeiras a chegar na localidade. Em meio a vegetação fechada, ela contou como foram se ambientando ao local, os alimentos consumidos e a bagagem que foi trazida do Rio Grande do Sul.

Entre as históricas contadas, uma marcou a memória dos estudantes. A aposentada comentou que a mãe estava grávida, quando foi dar à luz, num local sem recursos e sem assistência, veio a óbito. “Foi a primeira pessoa a falecer no povoado que estava se constituído. A família do então viúvo Ângelo Detoni, enfrentou ainda mais dificuldade com a ausência da esposa Rosalina Sasset Detoni. Quem ajudou a cuidar do recém-nascido Rosalino foi o casal de colonizadores Antônio e Rosa Elizabete Moterle”, destacou a professora Diana, ao contar a lembrança da senhora Libera.

Conforme relato de dona Libera, o seu irmão acabou falecendo seis meses depois de nascer. A ajuda dada pelo casal, foi porque o viúvo Ângelo tinha outros dez filhos para cuidar.

Durante a experiência, nas disciplinas de história e geografia, os estudantes fizeram questionamentos e esclareceram curiosidades sobre o ponto de vista da história de Jardinópolis, contado pela pioneira. “Foi um momento marcante para os alunos, porque os relatos e a história foram comentados por uma pessoa que vivenciou. Agradecemos a participação da senhora Libera e de sua filha, nesta partilha de conhecimento”, finalizou a professora Diana.

Crédito do texto: Jornalista Idiomar Tessaro

Foto: Divulgação