História da Comunidade do Monte Belo
Em meado da década de 50, foram morar na Comunidade de Monte Belo as primeiras famílias. Os colonizadores provinham do Rio Grande do Sul e eram João e Regina Bevilacqua, Ângelo Rizelo, Vitalino Piqui, Orides Biazus, Hilário Martinelli, Idalino Moterle, Fermino Dariva, Aires Palavicini e Alfonso Zuanazzi.
No início da colonização essas famílias sofreram muito, pois não havia nem estradas e nem comércio. Ao chegar à localidade, tiveram que abrir, com a força humana, as primeiras picadas e derrubar árvores para construir um rancho, expressão usada na época para identificar uma casa humilde.
As árvores derrubadas na época eram levadas com a força dos bois às serrarias da comunidade de Vale do Ouro em Quilombo e na antiga Vila Jardim, hoje sede do município de Jardinópolis.
Na medida em que cada morador tinha o seu local para morar começaram a plantar grão para o sustento familiar. Para ter farinha de milho e trigo, as sementes eram moídas no moinho em Quilombo, comunidade que ficava localizada a aproximadamente 15 quilômetros de distância.
Religião
A tradição católica fazia parte dos primeiros moradores, por isso, uma das primeiras atitudes foi se associar a uma comunidade. Então, a referência foi se ligar a antiga comunidade de Vila Jardim. Embora, fosse também um local pequeno, os padres da Paróquia de São Lourenço do Oeste atendiam com mais freqüência, onde realizavam missas, batizados e casamentos. Posteriormente, essa comunidade começou a ser atendida pela Paróquia do município de Coronel Freitas.
Anos mais tarde, os encontros religiosos começaram a ser realizados no pavilhão comunitário. Os primeiros ministros foram Lourdes Palavicini, Nelvo Ozelame e Auri Chimoca e a primeira diretoria da comunidade foi constituída pelas seguintes pessoas: Doacir Bollis, Olímpio Bevilacqua e Nelvo Ozelamen.
Conforme relatos das fontes entrevistadas, a igreja não foi construída por desentendimentos entre moradores e responsáveis pela comunidade. A informação obtida é que parte do material para construir a igreja havia sido comprado. No entanto, na transição de uma diretoria para outra, foi usado para construir a lateral de alvenaria do clube.
Educação
Naquela época, os filhos dos migrantes gaúchos freqüentavam a escola que se localizava na antiga comunidade de Vila Jardim. O fato das crianças terem que atravessar a mata para chegar até o local de ensino, diariamente, fez com que os pais optassem por construir uma escola na comunidade. Porém, antes que fosse feita, os alunos estudaram por um período na casa do morador Fermino Dariva. A primeira professora nesta comunidade foi a Senhora Elzira Maria, que vinha de Vila Jardim.
Para construir a primeira escola, as pessoas da comunidade do Monte Belo colaboraram com a madeira e a mão-de-obra, sendo que a prefeitura de Coronel Freitas deu uma colaboração. Já no início dos anos 80, a prefeitura voltou a ajudar a comunidade, construindo uma escola de alvenaria, na época o prefeito era o Senhor Jeromim Antônio Gollo. Ressalta-se que nos primeiros anos, quando não havia o pavilhão, a escola era o local onde se fazia orações e os encontros comunitários.
Pavilhão
Com o aumento no número de moradores residindo na localidade, nos anos 70, surgiu a idéia de construir um pavilhão para realizar reuniões, festas, bailes e encontros religiosos. Para que a obra passasse de um sonho à realidade, os moradores doaram madeira e mão-de-obra, dessa forma foi concretizado o clube comunitário, que sempre contou com o apoio do Frei Taciano Stenzel.
Padroeira
Como forma de pagar uma promessa religiosa, a família de Doacir Bollis sugeriu à comunidade que a padroeira fosse Santa Luiza, protetora da visão. Após a santa ter sido escolhida, a família Bollis comprou a imagem com a ajuda da família de Deonilde Dariva.
Um outro santo que recebe muita devoção pelos moradores do Monte Belo é São José. Consta que o morador Alcides Lazzari fez uma promessa e para pagá-la deu à comunidade a imagem do santo.
Nome da Comunidade
O nome da comunidade foi escolhido porque alguns colonizadores da antiga Vila Jardim, como Antônio e Vitório Alberti, moravam próximos a um local no Rio Grande do Sul em que era chamado de Monte Belo. A partir disso, a comunidade foi intitulada e este é o nome conhecido até hoje.